terça-feira, 12 de novembro de 2019

Deja Vu



A mesma noite acordado.
Amanheci enrolado nos lençóis do lamento.
Deitado no travesseiro de um tempo
Que eu acreditei já ter passado.
As mesmas dores. Nada muda.
Não o que está ao nosso redor.
E se nós mesmos não mudarmos, tudo parece pior.
Nada que vem de fora ajuda.
Os mesmos sonhos sem sentido.
Com a mente servindo de armário.
para os mesmos monstros imaginários.
E o ego agredido.
O mesmo barulho na janela.
E a chuva que aqui dentro dura horas.
Me afogando em esperas e demoras.
lá fora parece tão singela.
É só mais do mesmo tabu.
As mesmas agulhas que me injetam o mesmo veneno.
Como se eu tivesse preso num looping do tempo.
Só mais uma sensação de Deja vu.

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